Motivos da Criação da Liga
Olavo Bilac, criou a Liga que tornou-se realidade em 07 de setembro de 1916, motivado e visando incentivar o civismo, com o devotado culto aos símbolos da Pátria e a referência aos vultos históricos que ajudaram a escrever brilhantes páginas de nossa história. Olavo Bilac, inspirado no histórico exemplo da França, onde surgiu a Liga da Pátria decidiu criar a Liga de Defesa Nacional.
Bilac, sentindo a necessidade de um grande movimento de opinião que empolgasse a Nação, realizou uma intensa campanha cívica de âmbito nacional, procurando despertar nos jovens, principalmente, o espirito cívico nacional e, reacender no meio militar, as lembranças das heroicas jornadas vividas na guerra. Em suas oratórias, nos artigos e livros que escrevia o Poeta Escritor, exaltava os grandes valores da Pátria procurando incutir em todos o orgulho da nacionalidade.
Crise pós guerra
Após retumbantes vitórias, os militares voltaram a Pátria, consagrados, até a desmobilização. Sobrevindo a Paz.
Pós Guerra sobreveio a crise financeira nacional, acrescida da falta de motivação, trouxe como resultado a escassez de recursos e de entusiasmo para manter as forças sem perfeito adestramento, gerando um clima de desinteresse profissional, aumentado os fatos, a crise, pela exploração de parte dos políticos que buscavam envolver os militares.
As grandes manobras militares, acompanhadas e descritas por Bilac, levantaram o ânimo e o moral da tropa, agora como quadros permanentes formados pelas Escolas Militares e a tropa constituída por sucessivos contingentes, incorporados, anualmente sem qualquer discriminação de caráter político, social, racial ou religioso.
Ata da Fundação
Lavrada de próprio punho pelo Poeta Olavo Bilac, contém relação histórica de seus fundadores, entre eles cidadãos de estirpe Doutor Pedro Lessa, Doutor Miguel Calmon, Doutor Wenceslau Braz (à época Presidente da República), Almirante Alexandrino de Alencar (à época Ministro da Marinha), General Caetano de Farias ( à época Ministro da Guerra), Conselheiro Ruy Barbosa, Doutor Francisco de Paula Rodrigues Alves, Doutor Pandiá Calógeras (à época Ministro da Fazenda), Monsenhor Vicente Lustosa, Doutor Miguel Couto e o Poeta Coelho Neto.
Finalidade da Liga
A finalidade da Entidade, consubstanciada no seu estatuto inicial, datado de 23 de setembro de 1916, “robustecer na opinião pública nacional um elevado sentimento de patriotismo”, continua em vigor nos dias atuais. Também no estatuto inicial foi expresso que a entidade é independente de qualquer credo político, religioso ou filosófico. Por definição desse estatuto, o Presidente da Liga da Defesa Nacional seria sempre o Presidente da República, tanto que o Doutro Wenceslau Braz foi seu primeiro Presidente e o Primeiro signatário do Estatuto original. Tal postura indicava a preocupação dos fundadores em dar à nova entidade uma grandeza concordante com a sua finalidade. A forma estatutária de 1986 alterou este dispositivo, e o Presidente da República passou a ser o Presidente de Honra da LIGA, as diretorias regionais, por sua vez, passaram a ter como seu Presidente de Honra, o Governador do Estado.
A Liga tem personalidade jurídica própria, autonomia administrativa, duração indeterminada e jurisdição em todo o território nacional, exercendo suas atividades através de Diretorias Regionais, instaladas nos Estados e Núcleos Municipais.
Ideias Cívico-Patrióticas
Pelo valioso teor das suas ideias cívico-patrióticas e pela presença de dirigentes, de figuras de destaque nacional, a Liga teve, por muito tempo, uma marcante atuação, assessorando os dirigentes do País no que ser referia o civismo e patriotismo.
De Utilidade Pública
Pelos serviços prestados à sociedade brasileira, na sua área de atuação, foi considerada de utilidade pública federal pelo Decreto nº 67.576 de 16 de novembro de 1970, condição reafirmada por Decreto de 7 de fevereiro de 1997. A Liga é agraciada com as Medalhas Cruz do Mérito da Educação Cívica, Mérito Naval, Mérito Militar e Tamandaré.
As Atividades
A participação da Liga da Defesa Nacional na vida do país está bem expressa pela proposta da LIGA ao Governo, que resultou na obrigatoriedade do ensino do português nas colônias de imigrantes, que por longas décadas ensinavam o idioma do país de origem.
Também a inclusão do ensino formal de assuntos ligados ao civismo e ao patriotismo, nas escolas, com ênfase para o canto do Hino Nacional, o Culto a Bandeira e o conhecimento da história da pátria, teve origem em sugestão da LIGA.
Promove e participa de eventos que tenham como tema a realidade nacional e o planejamento estratégico do País. São seminários, fóruns de cidadania, simpósios acadêmicos e intercâmbio com entidades de estudo e promoção social.
Em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e secretarias Municipais de Educação, promove a realização de mostras e exposições como trabalhos de alunos da rede pública referentes aos temas propostos para discussão e reflexão.
Semana da Pátria
Ainda por iniciativa da LIGA, foi formalizada a existência da SEMANA DA PÁTRIA, definindo-se seu início e término e os principais atos comemorativos, definindo-se também a abertura como o Fogo Simbólico da Pátria.
Atualmente, dentre as atividades de maior destaque promovidas pela Liga, aparecem a Corrida do Fogo Simbólico da Pátria, a Exposição Brasilidade, a Caminhada do Dia da Bandeira, incluída no calendário oficial de eventos de Porto Alegre, Homenagem ao Dia do Reservista com entrega de comendas da Ordem do Mérito Cívico, a organização e coordenação dos desfiles próprios para as datas cívicas, bem como a promoção de todos os atos ligados ao espírito do civismo.
O Surgimento do Fogo Simbólico
O Fogo Simbólico da Pátria surgiu da ideia de um grupo de patriotas gaúchos que buscava, em 1937, um símbolo que representasse o ardor patriótico do povo brasileiro. A lembrança do fogo, que vem acompanhado o homem desde os primórdios da sua evolução e a sua presença olímpica, unindo raças, fez com que fosse escolhido como símbolo procurado. Conhecendo a escolha e tendo integrantes seus entre os que trabalham a ideia, foi ela acolhida e ampliada, tornando-se uma corrida de revezamento, que desejava percorrer todo o chão da Pátria e que se chamaria Corrida do Fogo Simbólico da Pátria.
Histórico Do Fogo Simbólico
Em 1938, foi realizada pela primeira vez a Corrida Do Fogo Simbólico da Pátria, num percurso de 26 quilômetros no Rio Grande do Sul, entre as cidade de Viamão e Porto Alegre, Em 1939, foram seguindo-se outros percursos chegando aos 411 quilômetros. Desde então, a Corrida vem sendo realizada a cada ano.
O Fogo Simbólico tem percorrido as mais variadas distâncias e surgido dos lugares mais diversos. No ano de 1941 partiu do Monumento do Ipiranga e passando pelo Rio de Janeiro, veio até Porto alegre. Em 1945, partiu do Cemitério de Pistóia, em Nápoles, na Itália, veio de avião até Natal, no Rio Grande do Norte e de lá, conduziram a chama a pé para Porto Alegre. Nas Comemorações do Sesquicentenário da Independência, em 1972, a Liga realizou uma corrida de mais de doze mil quilômetros conduzindo o Fogo Simbólico em todas as Capitais do Estado do País.
No dia 1º de setembro, o Presidente da República recebe a apresentação do Fogo Simbólico, colhido da Pira da Pátria e declara iniciada a Semana da Pátria em todo o território nacional.
A cada ano, por ocasião de nossa data Pátria maior, a Liga escolhe um tema palpitante para servir de suporte de uma profunda e realista reflexão da qual resulta uma análise crítica sobre importantes assuntos nacionais.
A alma de uma nação é o espírito patriótico de seu povo.
Sede Regional está na Avenida João Pessoa, 567 – Bairro Centro em Porto Alegre.
Site: www.ligadadefesanacional.org
E mail: ligadadefesars@gmail.com
Fonte: http://www.gobrs.org.br