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A MORTE DE SÃO JOÃO

São João é o Patrono da Maçonaria. Não se deve confundir com Padroeiro. A Maçonaria é uma entidade filosófica e filantrópica, que visa também o aperfeiçoamento espiritual do homem. Caso fosse Padroeiro, seríamos voltados para uma religião e a Maçonaria não está voltada à nenhuma RELIGIÃO.

Existem achados arqueológicos comprobatórios que João Batista e também Jesus e sua família, viveram próximo a Qumran. Nesses achados existem muitos pontos comuns com a mensagem cristã. Deve-se levar em conta, que João Batista tenha convivido com esta comunidade e parte de sua formação religiosa tenha sido ali recebida, bem  como Jesus Cristo que viveu bem próximo a esta comunidade.

Após a morte de Herodes I , o Grande, (4 a.C.) fundador da dinastia dos Herodes,  segundo a Bíblia foi o responsável pela lendária morte de João Batista.

Amigo dos romanos, casou-se com a filha do Rei Nabateu Aretas IV, mas repudiou-a e casou-se com a mulher de seu meio irmão Herodes Felipo, isto veio mais tarde  causar-lhe uma represália do Rei Nabateu Aretas IV, que guerreou contra ele e o derrotou.

João Batista era considerado um homem santo e extremamente respeitado, fazia pregações em praça pública fazendo críticas à Herodes e afirmando que seu casamento era ilícito, posto que tomara como esposa a cunhada, mulher de seu meio-irmão (Felipo) e casando com ela, mandara matar seu meio-irmão.

Apesar de diversas mensagens de Herodes e até mesmo ter falado pessoalmente com João, este continuava a fazer suas pregações críticas. Herodíades (esposa de Herodes), pediu a condenação à morte de João inúmeras vezes, no entanto este tinha receio de prendê-lo, já que ele era tido como um homem santo e extremamente respeitado pelo povo. Com medo de uma revolta protelou ao máximo sua decisão.

Pela insistência de Heroniadíades, esposa de Herodes, este mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere quando João disse-lhe:

_Não é lícito possuir a mulher de seu irmão.

Herodíades então se voltou contra ele e queria matá-lo, mas não podia, pois Herodes tinha medo de João e sabendo que era um homem santo e justo o protegia. E quando o ouvia ficava muito confuso e o escutava com prazer.

Entretanto chegou o dia propício. Herodes, por ocasião do seu aniversário, ofereceu um banquete aos seus magnatas, oficiais e às grandes personalidades da Galileia. E a filha de Herodíades entrou e dançou. Seu nome Salomé e tinha só 15 anos. Agradou a Herodes e aos convivas. Então o rei disse à moça:

_Peça-me o que bem quiseres e te darei.

E fez um juramento:

—Qualquer coisa que pedires te darei, até a metade de meu reino.

Ela saiu e perguntou a mãe:

— Que peço?

E ela respondeu:

— A cabeça de João Batista.

Voltando logo, apressadamente, à presença do rei, fez o pedido:

—Quero que agora mesmo, me dês num prato a cabeça de João Batista.

O rei ficou profundamente triste. Mas por causa do juramento que fizera e dos convivas, não quis deixar de atendê-la. E imediatamente o rei enviou um executor com ordens de trazer a cabeça de João. E saindo, o decapitou na prisão, trazendo a sua cabeça num prato. Deu-a à moça e esta entregou-a à mãe.

Os discípulos de João sabendo disso, foram lá pegaram o corpo e o colocaram num túmulo.

São João Batista é um símbolo de grande significado. Como “precursor” da Grande Obra de Redenção Universal, realizada por Jesus, ele simboliza o “mediador”,  aquele que tem a missão de abrir a porta da iniciação. Daí o porquê de pensarmos que a escolha de São João Batista para patrocinador das Lojas Simbólicas, tem sua fundamentação em temas alquímicos. Esse Santo, que provavelmente foi um adepto da seita dos helênicos, é considerado pelos esotéricos um mediador entre duas estruturas cósmicas, representadas por suas partes: material e espiritual.

Para a Maçonaria, a tradição de invocar esse Santo como Patrono, teria a postura de despertar a sua mediação para a realização da transmutação do caráter profano do recipiandário para o estado de consciência superior que caracteriza o iniciado na Maçonaria.

 

Fonte: http://omalhete.blogspot.com.br/2016/10/a-morte-de-sao-joao.html

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