O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de Mesa e a Loja de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de Ensino maçônico há muito adotado por algumas das mais antigas Lojas na Alemanha.
No último dia de cada mês o JB News brinda os Irmãos do Rito Schröder e seus simpatizantes, com uma coluna mensal sob a coordenação do Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. “Concordia et Humanitas” Nr. 56 – ao Or. de Porto Alegre – RS – que trabalha no Rito Schröder desde 1958 – GLMERGS, membro do Colegiado Diretor do Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia, e que estará à disposição para responder aos Irmãos leitores através do e-mail: ruijung@gmail.com
Caros Irmãos todos, neste mês reproduzimos artigo escrito pelo Ir. Rolf Appel, para que tenhamos uma visão resumida do entendimento de um dos maiores, senão o maior, entre os escritores e pesquisadores da Maçonaria Alemã da atualidade, tendo publicado mais de 50 livros e recebido inúmeras homenagens maçônicas e profanas.
Boa leitura e até a nossa 22ª Coluna em outubro de 2015!
A LOJA E A SUA DIREÇÃO
Ir. Rolf Appel*
A Loja é uma reunião de Irmãos de uma área delimitada de aproximadamente uma cidade. A palavra Loja é ambígua, a saber:
1. união de uma série de Maçons de uma cidade;
2. casa, ou seja, o espaço no qual são realizadas as reuniões dos Maçons;
3. reunião de Maçons, frequentemente também denominada “Trabalho de Loja” (no Brasil, “Sessão Ritualística” ou “Sessão em Templo”).
A fundação de uma Loja só pode acontecer através de Irmãos Maçons e exige a necessária autorização das Grandes Lojas Unidas da Alemanha (no Brasil, de uma das Potências).
Enquanto existirem Lojas Maçônicas serão base para os trabalhos maçônicos: o Ritual tradicional e o ordenamento de trabalho maçônico da Oficina que foram inicialmente compiladas e fixadas nas Antigas Obrigações (da Constituição de Anderson) de 1723.
Cada Loja é autônoma nas suas decisões, todavia, ela tem que atender às leis que as Lojas aprovaram na Assembleia da Grande Loja.
Uma Loja Justa e Perfeita é chamada “Justa”, quando for filiada à uma Grande Loja reconhecida segundo as regras (de Regularidade); ela é chamada “Perfeita”, quando tiver à sua disposição os equipamentos (paramentos e alfaias) necessários à realização do Trabalho de Loja (Sessão) e a sua organização for aprovada por uma Grande Loja (ou Grande Oriente) Regular.
Os membros da Loja elegem para a Administração anualmente (ou de dois em dois anos) um Conselho de Oficiais. No seu comando está o Venerável Mestre, abreviadamente denominado “o Venerável”, que nas Grandes Lojas Alemãs é chamado de “o Mestre da Loja”, ou simplesmente “o Mestre”. Cada Oficial tem as suas atribuições definidas nos Rituais, nas Leis da Grande Loja e no Estatuto da Loja. O Venerável Mestre é o representante da Loja para os assuntos externos. Na direção da Loja ele age em conjunto com os dois Vigilantes. O Venerável Mestre dirige os Trabalhos de Templo (Sessões). Quando ele solicita “à ordem” através da batida de seu malhete em Loja Aberta é obedecido imediatamente, sem contestação.
Após o Trabalho (sessão) ele é mais um Irmão entre seus Irmãos, porém lhe é devida a atenção especial que exige o respeito ao cargo que ele ocupa. Ao seu lado (na Sessão) estão os Veneráveis Mestres Adjuntos, escolhidos como substitutos do Venerável Mestre para quando ele estiver impedido na condução de um Trabalho em Templo (Sessão). O ex-Venerável Mestre é um antigo Venerável Mestre que na maioria das Lojas e segundo os seus Estatutos, tem o direito de participar das reuniões do Conselho de Oficiais.
*Ir. Rolf Appel, ex-V.M., pesquisador e escritor consagrado na literatura maçônica alemã.
Texto traduzido pelos Irmãos Antonio Gouveia Medeiros (Or. Et.) e Friedrich Carl Franzke (Emérito), e revisado e editado pelo Ir. Rui Jung Neto, todos do Colegiado Diretor do Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia.
Fonte: JB News