- O maçom, em tese, é pessoa madura; basta, no entanto, não ser perfectível para desestabilizar ou desintegrar essa afirmação.
- O homem maduro equilibra as três dimensões Religião, Política e Ética/Moral, desde que tenha consciência espiritual com: interioridade; ética, solidariedade e compaixão; e sobriedade.
- A maçonaria apóia, com ênfase, na Razão, na Espiritualidade e na Ética; estas duas últimas são estreita e estritamente vinculadas dado que Ética sem Espiritualidade é erro grosseiro e Espiritualidade sem Ética é falta gravíssima, é a ruína da alma, é o próprio caos que confunde e embaralha a vida de dominados e dominantes.
- Como a eficiência, no atual estágio “high-tech” do mundo, “ganha” da verdade e “mascara” valores, o maçom deve pensar, sentir e agir, sempre, no mesmo tom e densa conformidade do pensamento com:
(a) objetos e coisas do mundo, para consolidar a verdade;
(b) discurso ou linguajar, para gerar retidão, sinceridade e coerência; e
(c) a ação, para construir e enrijecer o caráter.
- Vale lembrar que o cínico despreza a ideia de perder tempo ou “tutano” com verdades, virtudes ou valores, salvo se for de interesse escuso ou de mentirinha. Ele sabe que o valor genuíno não tem verdade embutida e, só é verdadeiro para quem se submete a ele; e sabe também que a verdade não traz valor inquestionável embutido e só é efetiva para quem ama a verdade ou acredita nela.
- Os humanos, todos, têm substrato orgânico igual e constituem a única espécie viva cuja natureza (mamífero, onívoro, racional, 9 (nove) metros de intestino, “sangue quente” etc.) pode ser “tão distante” da própria essência quanto se queira. Além disso, o humano é o único animal aparelhado para (a) “não ter” predador (7,2 bilhões de almas e crescendo) e (b) disputar, junto com as baratas, qualquer longitude ou latitude do planeta.
- O fato de o humano ser dotado de capacidade cerebral para delirar, pensar e agir, ou não, desenvolveu assim essência peculiar, argamassa do caráter e da retidão, que o distingue na Criação. A essência da alma humana (insinuada pelo “conhece-te”, de Sócrates, preconizada pelo “mergulho na alma”, de Agostinho, e operacionalizada pela “fórmula VITRIOL”, da Maçonaria) pode excursionar ao extremo perverso, tal qual, por exemplo, o tiranete corrupto e genocida, capaz de roubar, em benefício próprio e dos malfeitores de sua quadrilha, as riquezas e o futuro de sua pátria, ou, em menor escala, o “gerente da boca de fumo” do narcotráfico.
- Pode, também, caminhar para o extremo da bondade e compaixão, tal como o Dalai Lama ou Madre Tereza de Calcutá. A mão divinal plasmou o livre arbítrio para que as pessoas decidam, a cada momento, o rumo a seguir.
- Pois bem, de um lado não existe mecanismo humano capaz de “ler e expor os pensamentos” de terceiros e, por outro lado, assim como as pessoas têm direito ao delírio e ao livre – pensar, têm, também, entre o pensamento e a ação, o direito de “pensar cafajeste” e “agir virtuosamente” revelando, ainda, bons costumes e bons comportamentos… Ou não!
- E é nesse átimo de tempo entre pensar e agir que a ética toma forma, força e vigor, e o caráter se delineia, fica conformado e se impõe. Dificilmente, alguém habituado à retidão de caráter vacilará… Soli Deo Gloria.
João Francisco Guimarães
Fonte: https://focoartereal.blogspot.com.br/2018/01/fragmentos-de-espiritualidade.html