O segredo da longevidade dos Templários pode estar na sua dieta original, diz nova pesquisa que investigou os hábitos alimentares da poderosa e secreta ordem medieval.
A dieta exigiria comer muitas frutas, verduras, legumes secos e consumir peixe em vez de carne e beber quantidades moderadas de vinho misturado com polpa de aloe.
Formado em torno de 1119 para proteger os peregrinos cristãos em seu caminho para Jerusalém, a ordem militar-monástica acumulou fortunas através de bens e serviços bancários. Ela declinou após a reconquista muçulmana da Terra Santa e diante das acusações de heresia em 1314, com o Grão-Mestre Jacques De Molay queimado na fogueira.
O estudo, publicado na revista Digestive and Liver Disease, investigou por que a maioria dos Cavaleiros Templários viveu muito mais tempo, em comparação com as pessoas da Idade Média, cuja expectativa de vida média era de 25-40 anos.
A longevidade parece ser uma característica peculiar dos Templários. Os casos mais conhecidos incluem Hugo de Payens, o co-fundador e primeiro grão-mestre da ordem, que morreu em 1136 aos 66 anos, Geoffrey de Charney, preceptor da Normandia, que tinha cerca de 63 anos quando executado, e o grão-mestre Jacques De Molay que foi queimado na fogueira na idade madura de 70 anos, depois de sete anos de prisão.
“A longevidade excepcional dos Cavaleiros Templários foi geralmente atribuída a um dom divino especial”, Francesco Franceschi, da Universidade Católica de Roma, e seus colegas.
Mas a explicação pode ser mais simples, relacionada com a os hábitos de vida especificados nas regras de Bernard de Clairvaux. Algumas cláusulas foram estritamente relacionadas com a higiene e nutrição.
“Lavar as mãos antes de comer era obrigatória. Além disso, o refeitório foi sempre muito limpos com toalhas disponíveis. Quanto à comida, a caça era estritamente proibido. Peixe, queijo, azeite e frutas frescas foram muito apreciados”, disse Franceschi da Discovery News.
Ele observou que tais hábitos estavam em forte contraste com a dieta habitual na Idade Média. Muito rica em gordura e calorias, causou várias doenças, tais como diabetes e gota, sendo também responsável pela síndrome metabólica – uma combinação de diabetes, hipertensão arterial e obesidade.
A dieta dos Templários foi projetada especificamente para combater esta condição: “Pode-se imaginar um cavaleiro com excesso de peso lutando contra uma dúzia de inimigos?”, escreveram os pesquisadores.
Franceschi e seus colegas procuraram documentos históricos e descobriu que os cavaleiros costumavam comer carne apenas três dias por semana, evitando parcialmente os riscos cancerígenos da carne grelhada, que foi muito popular na refeições medievais.
Os Templários consideravam o marisco um substituto válido para a carne, aproveitando assim os efeitos benéficos dos ácidos graxos ômega-3 sobre os níveis sanguíneos de colesterol e triglicerídeos. Além disso, consumiam grandes quantidades de legumes, frutas e legumes.
Legumes, disse Franceschi, “são a mais poderosa fonte natural de probióticos e agem como nutrientes para as “boas” bactérias da microbiologia intestinal. Este foi um dos segredos de sua dieta saudável”.
Finalmente, os Templários bebiam pequenas ou moderadas quantidades de vinho, misturando-o com polpa de aloe, uma planta que apresenta propriedades anti-sépticas, antibacterianas e fungicidas.
“Acreditamos que a dieta e hábitos de vida pode ser a explicação para a longevidade extraordinária da Ordem dos Templários”, escreveram os pesquisadores. Se este for o caso, o lema” aprender com o passado” nunca foi tão apropriado.
Fonte – http://www.irmaosdaordem.com.br/o-segredo-da-longevidade-dos-cavaleiros-templarios-e-revelada/
