De início, creio que é importantíssimo analisarmos o que representa a figura. O pentagrama, ou pentalfa, como é, comumente, conhecido, representa os quatro reinos da matéria (fogo, terra, ar e água), regidos pelo quinto elemento ou Mental Superior. Ou, ainda, é o homem dominando sua natureza inferior, dominando, sumariamente, os quatro elementos e direcionando-os, quando o símbolo está com a ponta para cima, para a construção, para a evolução humana. Quando este está com a ponta para baixo, simboliza o mesmo homem dominado por seus instintos mais primitivos, já que a matéria sem a vivificação do Espírito é inerte, ocorrendo, pois, a involução.
Pentalfa é uma designação dada pelos pitagóricos, pois os vértices formam um alfa maiúsculo (A). Esse alfa, assim como o Alef hebraico, simboliza o início de uma nova jornada dentro do contexto de evolução do homem e do Universo. É a letra que domina o Espírito por excelência, o mental abstrato, o mesmo que permitiu e permite aos profetas visualizarem os mundos superiores, como Ezequiel, por exemplo. Quando Deus, cujo nome é Elohim, insuflou ar (em hebraico, a palavra ar tem a mesma significação de Espírito: Ruach) nas narinas de Adão, Ele o fez através da letra HE, introduzindo o Alef, dando ao novo ser vida e consciência superiores, identificando-o, a partir de então, com o Universo manifestado.
Enquanto o pentagrama é o símbolo da criação do homem, o hexagrama o é da Gênese do Universo, pois tudo “foi criado em seis dias “. Seis é, por excelência, o numero da Criação do Universo, o ponto de conexão entre os “céus e a terra”. Aliás, esse termo, logo no início da Gênese, quando diz: “No principio criou Deus os Céus e a Terra”, é análogo à criação do número 6, pois a palavra “no principio” (BRAShIT), em hebraico, possui 6 letras e “criou” (BRA) mais 3 letras, totalizando 9 letras, ou macrociclos da Criação, onde cada macrociclo é uma das Nove Hierarquias, desde os Aufanim (Rodas, ou Seres Gigantes), situado na esfera de Hocmah, até os Aishim (Seres Flamejantes ou os Homens ), situado na esfera de Malkut. Ou seja, os “céus”, representando o 3 ou triângulo superior, e a “terra”, representada pelo triângulo inferior. Terra e Céus, nesse “tempo” da criação, jamais podem ser entendidos como nosso céu e a Terra em que habitamos atualmente. São, no melhor julgamento, possibilidades de existência, ou seja, da matéria mais sutil à mais densa, mas, ainda, em potencialidade, ou substancial.
Nesse contexto de Criação, o próprio nome de Deus, quando cria, é, como já sabemos, ELOHIM, Nome composto de 5 letras, tendo como a central a letra HE, que equivale ao próprio número cinco, dividindo a essência, potencialmente masculina, YM, da essência, potencialmente feminina, EL, pois, assim, está escrito que, à sua “imagem e semelhança, fomos criados … macho e fêmea”.
Outra colocação do Nome Divino nos mostra a relação do número cinco com os sistemas constitutivos da fisiologia humana:
- Sistema Nervoso – Cérebro Sistema Endócrino
- Sistema Digestivo – Coluna Vertebral Sistema Simpático
- Sistema Respiratório – Pulmões Sistema Vago
- Sistema Circulatório – Coração Sistema Linfático
- Sistema Excretor – Estômago Sistema Reprodutivo
Vemos, aí, mais claramente, ainda, a correlação direta do número cinco com a Criação e com o Homem, sem contar os dedos das mãos e dos pés que repetem a mesma configuração. Cinco são nossos sentidos. Quatro deles estão na Cabeça, e o maior deles, o tato, abrange todo o Corpo.
Lembremo-nos de que só podemos descrever uma “Estrela” a partir do Quaternário, ou dos quatro pontos. E, tomando-se a origem como o centro dos quatro, temos o número 5, e assim por diante, “ad infinitum”. Além do mais, acrescentamos mais uma Chave para abrir uma porta: a forma do número Quatro (4) é similar ao símbolo de Júpiter, o Imperador no jogo do Tarô; o cinco (5), a forma do símbolo de Mercúrio, potencialmente, assemelha-se ao seis 6, Vênus!
Apenas, para nos aprofundarmos um pouco mais, lembremo-nos da Estrela com o “G” inscrito no meio, na Loja Maçônica. É a Estrela Flamejante, a que guia todo aquele que almeja alcançar a Divindade. Ela simboliza, justamente, esse Homem em ascensão, contendo todo o Universo dentro de si, a própria Divindade, expressa pela letra “G”. A letra “G” de Grão, Geração, Geometria, Gnose, Genesis, Genitais, “God”. É a 7ª letra do alfabeto e equivale a Yod hebraica, simbolizando Deus em sua essência, já que a Yod é a única letra suspensa no ar (sem começo e sem fim). A não ser por si mesma, existe e a tudo rege; dentro do triângulo, equivale ao Olho de Deus que a tudo Vê.
Na Árvore da Vida, tanto o Pentagrama quanto o Hexagrama assumem significações importantíssimas quanto à transmissão do Conhecimento. Se olharmos a árvore, começando por Keter, veremos a figura exata do pentagrama, quando vemos os dois símbolos dos quais falávamos. O Hexagrama Superior, que contém em si o Pentagrama sem Tiferet, a 6ª sefirah, e é, também, conhecida como o ponto de união entre o Homem e Deus. Dela se forma o Véu Pakoret, que separa e une esses dois mundos distintos e complementares. Homem e Deus, criatura e Criador são Um só em Tiferet. É, também, simbolizada pela Gruta dentro do Monte, reflexo simbólico do Coração dentro do corpo, ocupando o lugar central. É pelo Amor, ou Beleza, que nos unimos ao Eterno. Para os cabalistas cristãos, é ai que se situa o Cristo quando diz, “Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida!”
No centro dessa(s) estrela(s), está Daat, ou Conhecimento, a Luz do Universo, a Luz do dia Um, e com ela formamos, novamente, o numero Sete, dos Sete Seres da Criação, responsáveis, Cada Um, por Cada Dia, por cada cor do Arco-Íris, etc., e outras configurações setenárias que vemos por aí. De Daat, surge, novamente, outras Estrelas (Hexa e Pentagrama), mostrando o que Hermes, o Trimegisto, disse nos Versos Esmeraldinos: “O que está em cima é igual ao que está embaixo…“.
Para o Pentagrama, temos como o braço direito Chesed ou Misericórdia; o braço esquerdo Gueburah – Julgamento; a perna direita Netzach ou Vitória, e a esquerda como Hod, ou Esplendor; No centro, surge Tiferet, o Coração!
Se partirmos para o Hexagrama, veremos que a ponta inferior do mesmo toca Yesod, o Fundamento da Criação, representado no corpo humano pelos órgãos genitais. É a sefirah da Geração, da Gênese, do Gen. O entendimento dessa relação entre Yesod e a Geração nos vem mais claro quando sabemos que o planeta regente e correspondente a ela é a Lua, também, conhecida de muitas tradições como a “mãe ” da Terra, da humanidade, ou melhor dito, a nossa Terra é a Lua ressuscitada!
Controla as Marés, a Menstruação, ou seja, os ciclos naturais da Mulher e do Mar. Esse não é nada mais nada menos que o lugar, ou meio, onde a vida em nosso Planeta começou. Por isso, também, a forma da letra M nos faz lembrar, justamente, o Mar em movimento, as ondas. E, no hebraico, o sufixo YM, do Nome Divino ALHYM (Elohim), usado quando Deus cria o Universo, torna-se o substantivo YaM, que significa justamente Mar!
Há muito ainda a ser comentado sobre esse assunto dentro da Cabala, mas, para isso, é necessária a “presença viva”, ou seja, usarmos do Verbo ou Dom da Palavra para que, à medida que estudamos os nomes e correspondências da Árvore da Vida e meditamos sobre eles, possamos, também, “Criar”, através dessa mesma palavra, as “condições” necessárias para que se faça a Luz em nossas consciências.
Autor: Antônio Carlos Benega
Fonte: https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2015/03/16/os-misterios-do-pentagrama/
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Esta Coletânea reúne alguns retalhos e recortes da rica história do Grande Oriente do Brasil, primeira Potência Maçônica a se instalar em território brasileiro, em 17 de junho de 1822, em comemoração aos seus 195 anos de existência. Acesso o site oficial: www.gob195anosdehistoria.com.br
195 ANOS DE FUNDAÇÃO DO
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