Cristo participou das festas em Caná da Galileia, da festa da páscoa, do tabernáculo e muitas outras. Ele externou alguns dos seus mais relevantes gestos, não nas sinagogas judias, mas junto a uma mesa. Ele se misturava com as pessoas e apreciava tanto jantar e conversar com elas que recebeu a fama de glutão e bebedor de vinho (João 21: 9-10).
Uma demonstração da sociabilidade de Cristo está descrita no “ Banquete de Levi”, citado por Mat. – 13, Marc. 2: 15-17 e Luc- 5: 29-32.
Em Mateus, assim está registrado: “ 10. E aconteceu que estando reclinado à mesa, em casa, vieram muitos cobradores de impostos e “pecadores” e reclinaram-se com Jesus e com seus discípulos”. 11. “ Vendo isto, os fariseus perguntaram aos discípulos: “por que vosso Mestre come com os cobradores de impostos e pecadores”? 12. Mas ouvindo-os, Jesus disse: “ os sãos não precisam de médico, mas, sim os enfermos”. 13. Porém ide aprender o que significa : “misericórdia quero, e não sacrifícios, pois não vim chamar os justos., mas os pecadores”.
Em Lucas, está descrito: 29. Levi deu-lhe um grande banquete em sua casa; e era grande o número de cobradores de impostos e de outras pessoas com ele à mesa. 30.
Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus dizendo: “por que comeis e bebeis com os cobradores de impostos e os “pecadores”? 31. Respondendo, disse-lhes Jesus: os sãos não precisam de médicos, mas sim os enfermos. 32. Não vim chamar os justos, mas os pecadores, para a reforma mental”.
O saudoso professor G. Torres Pastorino, interpretanto o Banquete de Levi, legou-nos preciosas lições que a seguir transcrevemos: “Mateus, levanta-te da coletoria para seguir Jesus, mas, antes, leva-o a tua casa, e aí oferece-lhe um Grande Banquete, no qual se despede de seus amigos e colegas de profissão”.
“Reclinar-se à mesa, porque o alimento tomado enquanto o conviva ficava recostado, quase deitado, num leito muito baixo, com a cabeça apoiada no braço esquerdo, ficando o direito livre para servir-se nos pratos à mesa, em posição mais alta”. Esse costume dos banquetes de luxo provinha da Assíria, tendo penetrado em Israel (Amós, 6:4), na Grécia e em Roma.