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Trecho do livro Banquete Maçônico – Origens, Preparação & Ritualística

Na cozinha das casas ricas e poderosas havia verdadeira hierarquia de fâmulos, com atribuições perfeitamente discriminadas, como comprar as vitualhas, manter o fogo na lareira, virar o assado, preparar a mesa, zelar pela baixela, comprar vinho e servi-lo aos convidados. O serviço das refeições constava de uma espécie de almoço, pela manhã; na metade do dia, era servido o “ariston”; e a ceia era cercada de muito requinte; após a ceia serviam vinhos com mel e aromatizantes, quando tinha início ao que chamavam “ symposium”, momento em que se prolongavam as conversações e se discutiam temas eruditos, políticos e filosóficos, intercalados com música, canto e versos, enquanto os escravos ofereciam água perfumada, corolas de flores ou folhagens.

O symposion era uma festa na qual se bebia, mas não se constituía de maneira alguma uma orgia. O vinho era tido como um presente divino e uma benção dos deuses. Por isso cultuava-se Dionísio, o deus do vinho.Havia uma separação entre o symposion e a refeição. Os homens reclinavam-se nos divãs, que eram posicionados de modo que cada comensal pudesse ver os demais. No início do symposion era escolhido um symposiarca que tinha por obrigação definir a ordem do dia e decidir a mistura entre água e vinho na krater. Então era feita uma libação dedicando a krater(espécie de jarro) a Zeus e aos deuses olímpicos, ao som de flauta e do canto dos presentes,em coro.

 

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